Eu só sei que nada sei (Sócrates - 469 / 470 a.C.)
Reconhecido como excêntrico, calado, quase eremita ou um ser esquisito, o escritor é, antes de tudo, um construtor de palavras, e por que não, como afirmou meu confrade das letras, poeta Antônio Fonseca, “engenheiros de palavras”? Pois bem, construtor, engenheiro, calado, excêntrico ou eremita, o fato é que o escritor sempre será visto como formador de opinião por suas contribuições no campo do “pensar”.
As palavras são decodificadas pelo escritor como um cálculo é decodificado por um matemático. Assim, as palavras surgem com significados múltiplos, segundo o contexto em que estejam inseridas; a palavra escrita ou falada, para o escritor, também exerce a função de levar a sociedade à reflexão.
Um pensador clássico que fez isso com muita propriedade e não usou palavras escritas: Sócrates. Ele nada escreveu, mas, pelas ruas de Atenas andava e observava os hábitos dos cidadãos, interrogando e levando-os a questionar, a refletir sobre suas vidas e a sociedade em que viviam; quanto mais buscava compreensão, mais se sentia ignorante, sendo considerado, por essa atitude humilde, o mais sábio dos pensadores.
Esta coluna terá o mesmo objetivo: questionar, refletir, desvendar o significado das palavras escritas por grandes pensadores clássicos e atuais, pessoas que debruçaram sobre papéis e transformaram suas ideias, seus pensamentos, suas vivências e suas observações enquanto “homem em sociedade”, para que todos nós encontremos, nas palavras, o significado e compreensão do mundo.
Entender o significado das palavras pode nos tornar menos alienados, menos manipulados por uma “caixinha preta chamada televisão” e, menos corrompidos. Pense nisso, e até a próxima!
Por:
Ieda alkim | ieda@betimcultural.com.br
www.escritoraieda.blogspot.com
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