Por:ClaudemirFerreira/ claudemirjoseferreira@yahoo.com.br
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Quando vejo escoar-se a areia da ampulheta
E fazer-se atra noite a diurna luz fagueira;
Quando vejo passar a vida da violeta
E cobrir-se de prata a ondeada cabeleira;
Quando sem folhas vejo as árvores antigas;
Em horas de calor,para abrigo buscadas
E as relvas outonais,áureas,duras estrigas,
Como em fúnebre coche,em feixes carregadas,
Penso,muito apreensivo,em teus enlevos tantos,
Porque as fúrias do tempo é fatal que os devassem,
Do Tempo destruidor de primores e encantos
Que morrem tão depressa assim como outros nascem,
Do Tempo destruidor,contra cuja potência
Só um eficaz poder existe:a descendência.
William Shakespeare