quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Diversos/Quando vejo escoar-se a areia da ampulheta


Por:ClaudemirFerreira/ claudemirjoseferreira@yahoo.com.br
claudemirletras.blogspot.com

Quando vejo escoar-se a areia da ampulheta
E fazer-se atra noite a diurna luz fagueira;
Quando vejo passar a vida da violeta
E cobrir-se de prata a ondeada cabeleira;

Quando sem folhas vejo as árvores antigas;
Em horas de calor,para abrigo buscadas  
E as relvas outonais,áureas,duras estrigas,
Como em fúnebre coche,em feixes carregadas,

Penso,muito apreensivo,em teus enlevos tantos,
Porque as fúrias do tempo é fatal que os devassem,
Do Tempo destruidor de primores e encantos

Que morrem tão depressa assim como outros nascem,
Do Tempo destruidor,contra cuja potência
Só um eficaz poder existe:a descendência.

William Shakespeare


*Os textos publicados no DIÁRIO RBC são de responsabilidade de seus autores.