Por: Ieda Alkimim / ieda@betimcultural.com.br
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A violência é um tema que bastante nos preocupa, não apenas porque temos nossos filhos e filhas que saem todos os dias para o trabalho ou para a escola e podem ser vítimas de uma violência urbana que parece estar cada vez mais banalizada no Brasil.
Para termos uma ideia da dimensão da violência, as estatísticas mostram que cerca de 50 mil brasileiros morrem assassinados por ano. A impunidade e a corrupção também ajudam a banalizar a violência, principalmente quando sabemos que vários políticos, acusados de diversos crimes, assumem o poder como se fossem homens de bem. Isso sem dúvida permite que muitos indivíduos inescrupulosos se apropriem dessas situações como justificativas para impor o medo através da força e da violência.
A nossa Betim, considerada a cidade mais violenta do Estado, preocupa-nos imensamente, em especial porque a violência tem novos atores: os adolescentes. Para piorar a situação do povo betinense, no município não existe um centro de internação para adolescentes em conflito com a lei. Esses adolescentes ficam perambulando pelas ruas, usam drogas, assaltam, destroem patrimônio público e particular e nós não temos nenhum amparo da polícia que finge não conhecer os principais focos de consumo de drogas, mesmo os largamente denunciados, como é o caso dos moradores do Bairro Espírito Santo, onde se situa a Clinica da ASMUB, que já desistiram de chamar a policia e temem passar pelo local devido aos jovens que passam o tempo naquele local comprando e consumindo drogas.
Se nenhuma providência não for feita agora, teremos, em menos de 10 anos, uma cidade tão insuportável para viver, que pessoas de bem terão que se mudar daqui, pois a criminalidade teima continuar fortalecendo seu império.
“A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano”. (João Paulo II)