terça-feira, 29 de novembro de 2011

HPV


Por:Débora Gabriele | deboragabriele@hotmail.com

         Já que o a aproximação do natal e de um novo ano nos traz inspirações, vamos falar de vida e da importância de cuidarmos daquilo que nos foi consentido, o corpo. Hoje, estima-se que 25 a 50% da população feminina mundial esteja infectada com HPV, e que 75% das mulheres contraiam a infecção durante algum período das suas vidas. Apesar da infecção também ocorrer nos homens, estima-se que 50% da população masculina esteja contaminada, as manifestações clínicas são menores. Ou seja, a maior parte da população não sabe sequer que tem o vírus, o que facilita ainda mais a contaminação. 
         O vírus do papiloma humano, do inglês HPV (Human Papiloma Virus) é transmitido através de relações sexuais desprotegidas e é o principal fator que leva ao câncer de colo do útero em mulheres. Os sintomas clínicos são inicialmente silenciosos, mas pode evoluir e aparecer através de pequenas feridas ou verrugas nos órgão genitais. O tratamento é longo e existem técnicas aplicadas que podem eliminar o vírus do organismo quando o diagnóstico é feito a tempo.  
          Há vacinas que imuniza a mulher contra alguns tipos do vírus, mas não tira a responsabilidade de cada uma delas sobre o próprio corpo. O governo vem disponibilizando essa vacina apenas em algumas cidades e discutido essa questão, mas ela pode ser encontrada nos laboratórios particulares por cerca de trezentos reais cada dose, que são três. Infelizmente essa realidade paga está distante para muitas brasileiras, mas certamente os custos com a prevenção saem muito mais viáveis do que com o tratamento da doença e das suas consequências, como remédios, acompanhamentos médicos e psicológicos. 
          Dai a importância dos trabalhos de conscientização sobre as doenças sexualmente transmissíveis feitos nas escolas, nos postos de saúde, na mídia e principalmente na família. Porém sabemos que são insuficientes, mesmo sabendo dos riscos da transmissão de doenças sexualmente transmitidas e de como se prevenir as pessoas ainda fazem sexo sem camisinha. Mais uma vez, algo do inconsciente escapa nas situações de risco que nós mesmos nos colocamos, cabe a cada um o amadurecimento necessário que permite a tomada de consciência e de responsabilidade sobre o copo, nosso instrumento de vida. 

*Os textos publicados no DIÁRIO RBC são de responsabilidade de seus autores.