O Escola da Gente é o programa de educação integral da cidade de Betim MG, que busca otimizar os espaços de construção do saber para além da escola, trabalha em parceria com a comunidade escolar, Arte educadores, família e comunidade. O projeto oferece diversas atividades artísticas, culturais, esportivas e educacionais, dentro e fora da escola que visam enriquecer a formação dos alunos num sentindo amplo, ocupando e apropriando dos equipamentos e espaços públicos.
O eixo base do Escola da Gente é a formação global e multifacetada, tanto para os educadores quanto para os alunos e todos aqueles que participam do processo de ensino aprendizagem, o projeto funciona em 30 escolas e esta presente em todas as regionais da cidade, tem parcerias com as principais instituições de ensino da cidade e do estado (Puc Minas, Pitágoras, Unicor, Uemg e Ufmg) alem de ter o apoio de empresas privadas e setores públicos, o Escola da Gente conquistou a população Betinense e é um das principais marcas do governo atual
Apesar de ser uma alternativa para diversos problemas sociais como a evasão escolar e a diminuição do analfabetismo, o projeto tem sérios problemas de estrutura e direcionamento pedagógico, a formação é insuficiente, muitos dos profissionais são despreparados e não tem se quer formação básica para desenvolver trabalho com crianças e adolescentes, existe uma separação clara entre professor, educador e oficineiro, o trabalho é desfragmentado, inconsistente e sem interlocução, os profissionais do programa enfrentam freqüentes conflitos que não são mediados e/ou não recebem o devido acompanhamento e ao não saberem lhe dar com esses problemas eles tomam outras proporções e podem se tornar fundamentais para o fracasso do projeto.
A realidade do Escola da Gente é muito longe da ideal, o que se vê é que tanto os pais quanto os alunos tratam o projeto como uma válvula de escape para seus problemas pessoais e dificuldades, o programa então se torna paliativo, atendendo uma necessidade urgente, perdendo o principal foco que é o da formação, funcionando como um projeto assistencialista que pouco contribui para a formação e o senso crítico do aluno, tornando o educando cada vez mais dependente do estado.
Por:
Mario Jaymowich | bandazazu@yahoo.com.br