domingo, 4 de setembro de 2011

Primeira crónica Lisbonense – Portugal: sua língua e sua gente

Esta cidade (Lisboa) é gira*. E porque?
 
1º - Porque aqui é primeiro mundo, é Europa, ora pois.
 
2º - E fala-se português, e, escreve-se na língua de Camões. Epa, eu quis dizer, escreve-se com a língua de Camões. Espere, espere, eu disse, ou melhor, a referência era sobre o vernáculo em Portugal. 
 
Mas tem um porém, trata-seda língua portuguesa de Portugal, que não é a de Africa, nem d’América do Sul. Em Portugal, somos utentes* da última flor do Lascio, inculta (será?), mas com certeza bela.
 
Aqui os peões*, podem cruzar as ruas, pelas passadeiras*, onde há preferência para com os auto-carros* e carrinhas*. 
 
E talvez por ser primeiro mundo, deita-se fora demais. Digo que já vi até camisolas* deitadas fora.
 
E para tudo tem tiquê*. Toma-se o comboio*. Tem-se o respectivo tiquê. Ao se fazer carga em talões de metro. Junto vem o respectivo tiquê.
 
Não falo por ouvir dizer, mas aqui (em Portugal) aconteceu comigo (com este corpo que os vermes hão de comer).
 
É que nas farmácias não há balanças, para pesarem-se sem nenhum pesar, apesar de haverem muitos obesos e obesas por aqui.
 
Ora pois, tomei uma moeda de 1/2 Euro, e numa destas geringonças que além de fornecer o peso, medem também a altura, o IMC e os percentuais de massa adiposa comparada com a massa muscular e\ou vice-versa.
 
Foi que tirei o chapéu (e tenho a impressão que sou o único a usar chapéu, em Lisboa), subi à tal geringonça, olhei altivamente para frente, segurei em cada um dos respectivos eletrodos à direita e à esquerda.
 
Fiquei imóvel, a aguardar o respectivo tiquê, que viria com as medidas de massa, altura, IMC e os já citados percentuais …  
 
Mas, mesmo após o bip, nada de tiquê.
 
Relatei o ocorrido ao segurança próximo a tal geringonça. Ele premeu alguns botões, aqui e ali, mas, entretanto, nada de tiquê. De seu (dele) tele-movel*, relatou o fato a alguém. E apontando, me disse que fosse, ao balcão de informações que lá ... 
 
Não percebi* o que ele falou-me em seguida, mas segui para lá. E fui pensando: que será que hão de me dizer naquele tal balcão de informações …? 
 
E não é que nada me foi dito, pois a lá chegar, uma gaja com sorriso de miúda* estende-me uma folha, onde li e entendi que ali declarava que não havia obtido o tal tiquê. 
 
Apus meu nome e BI*, e a assinei. A gaja estendeu-me uma moeda de 1 Euro, desculpando-se pelo transtorno que eu pudesse ter tido, face a não ter tido o respectivo tiquê.
 
Mas que belo investimento!!! Em poucos minutos obtive um lucro de 100%, sobre o capital aplicado.

Por:
Osiris Duarte | duarte.14@ig.com.br
*Os textos publicados no DIÁRIO RBC são de responsabilidade de seus autores.