quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Diversos/Dica de filme


A árvore da vida

Por:ClaudemirFerreira/ claudemirjoseferreira@yahoo.com.br
claudemirletras.blogspot.com


       O diretor Terrence Malick iniciou sua carreira cinematográfica em 1973, com o filme Badlands, e em mais de trinta anos de profissão, ele lançou apenas cinco filmes, o que é muito pouco para um diretor com tantos anos de estrada. Mas o que faz de seus filmes especiais, é que, sendo poucos, são também únicos. Seu último trabalho estreou no cinema á pouco tempo. É o filme “ A árvore da vida ( The tree of life, 2011). Aqueles que não estão familiarizados com as obras de Malick, podem não gostar do que irão ver, ou  no mínimo estranhar o que se apresentará diante de seus olhos. Mas quem já assistiu á Além da linha vermelha e O novo mundo, também do diretor, estará preparado para a sequência de imagens espetaculares, seguidas de diálogos em off. 

       O filme mostra o surgimento e desenvolvimento da vida, não apenas a vida humana e animal, mas a vida universal. É um verdadeiro deleite para os olhos a sequência do big bang e a formação do universo com galáxias explodindo e se formando. O planeta Terra em suas origens com vulcões em erupção, e em seguida esfriando, as primeiras bactérias, os primeiros seres vivos até o surgimento dos dinossauros. Em paralelo á isso, um pai de família, Jack O’ Brien ( Brad Pit), cria e educa seus filhos com disciplina e rigor. Sean Pen interpreta o filho mais velho já adulto, mas com os mesmos questionamentos de sua infância. É uma pena que ele apareça tão pouco no filme. Já a Sra. O’Brien é interpretada por Jessica Chastain, que tem um presença muito apagada na história. Em algumas cenas ela é uma mera expectadora dos acontecimentos, sendo a esposa que acata as vontades do marido.

        A árvore da vida é um filme que pode agradar e muito a todas as pessoas ligadas ao New age, pois é um filme com temáticas New age. É difícil adjetiva-lo, o fato é que ele transborda. Sua narrativa é linear, mas fragmentada. Amor fraternal e redenção são temas também explorados no longa. Porém, como o filme é muito grande, mais de duas horas,  em alguns momentos, pode chegar á ser monótono, mas no geral, é uma experiência única. Como costumam dizer por aí, uma imagem vale mais do que mil palavras, e essa máxima vale para tal obra, já que em algumas cenas, não há nenhum diálogo ou narração, há apenas as imagens, hora falando por si, hora apenas sugerindo. 

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